Cordeiropolense está há mais de um ano nos EUA e relata como é estar longe de familiares diante desta pandemia

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"Mudar de vida, viver novas experiências, aprender inglês, conhecer novas culturas e fazer conquistas que no Brasil, talvez levaria uma vida para conseguir", afirma.

A cordeiropolense Taíse Olivato, 36 anos, que foi em busca de uma mudança de vida no exterior, não imaginava que passaria por uma crise mundial com essa nova doença, coronavírus, o Covid 19, estando a milhares de quilômetros longe da família.

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Há um ano e três meses morando na cidade de Peabody, EUA, no estado de Massachusetts,  a sua luta é diária, a adaptação em um país com outras culturas, sem dominar o inglês e aquele calor humano que só os brasileiros têm é outra dificuldade, como conta Taíse.

“A adaptação para quem vem sozinho é mais difícil. Temos que alugar um quarto na casa de uma pessoa estranha, com costumes e gostos totalmente diferente dos seus, uma pessoa que não é seu parente, nem seu amigo, é apenas uma pessoa que está abrindo a casa para você morar”, contou a cordeiropolense.

Liberdade em chamar os amigos em casa, fazer aquele churrasquinho de final de semana também não há, pelo menos até você conseguir seu próprio espaço.

“Muitas vezes eu me sentia presa, pois no Brasil tinha minha casa,  família,  amigos, coisas que aqui são mais limitadas, mas isso é até você conseguir ter seu próprio espaço. Eu desde o início, tive muito apoio de conhecidos que moram aqui e agradeço a cada um, pois foram anjos em minha vida nesta trajetória”.

Dominar o inglês também é outra dificuldade que Taíse encontrou nos EUA, para se locomover de trem, ônibus, sozinha e sem falar nada de inglês é uma aventura, como conta Taíse: “ tem muitas pessoas legais que percebem  e te ajudam. Aqui a vida é resumida em trabalho, é um país lindo, belezas naturais, lugares incríveis e com pouca desigualdade”.

Taíse trabalha como Assistant Manager em uma empresa Americana chamada Dustbuster, e aos finais de semana trabalhava como cabeleireira e manicure em um salão, porém, com essa pandemia, este está fechado.

Na empresa Dustbusters continua o trabalho, redução  de horas de jornadas,  pois limpeza é prioridade neste momento de pandemia. De acordo com Taíse, a empresa se mantém, não fechou para manter os funcionários que são praticamente 90% de brasileiros.

“A empresa se preocupou com a situação e correu atrás para tentar nos manter trabalhando para ter uma renda, pois aqui não temos nenhum apoio financeiro do governo, já fizemos limpeza pesada que vai do teto ao chão, pintura e agora Landscape (jardinagem ) nas academias, não podemos ficar escolhendo emprego neste momento, temos que colocar a mão na massa e trabalhar, lógico que estamos tomando todos os cuidados necessários, usando máscaras, álcool em gel e luvas”.

A reportagem do Portal JE10 também perguntou como está nessa pandemia, se o comércio está fechado, as pessoas estão respeitando o isolamento, como é estar longe da família diante dessa doença avassaladora.

Com situação bem crítica como vemos nos noticiários, no estado de Massachusetts mais de 70 mil contaminados, e na cidade em que Taíse mora não é diferente, com mais de 700 confirmados, pessoas próximas ficando doentes, e o que resta são os cuidados, lá o uso de máscaras é obrigatório e se o policial pegar sem,  há multa de $ 300 dólares.

Taíse contou durante a reportagem que o comércio em sua maioria está fechado, usando o sistema delivery, os supermercados, açougues, restaurantes que iriam jogar comida fora, fizeram doações  às pessoas que estão sem renda, as igrejas fazem cestas e doam.

” Muitas pessoas levam a sério e estão se protegendo, outras não, acredito  que isso ocorre no mundo todo. As aulas estão suspensas, talvez nem volte mais este ano, já os comércios estão para reabrir a partir do dia 18 de maio, porém tudo pode mudar, pois cada dia sai uma notícia diferente”, relatou.

Para a cordeiropolense, esta pandemia está sendo como uma lição de vida, onde serve para analisar nossas vidas e dar mais valor às pequenas coisas. Para ela a parte mais difícil de mudar de país é ficar longe da família, e diante desta pandemia é pior ainda, pois sua mãe já é idosa e do grupo de risco, além de ficar longe  de sua filha, onde o contato com os familiares é apenas  por chamada de vídeo e ligação.

Taíse relata durante a reportagem que reza e pede a Deus todos os dias para protegê-las. “ As vezes me sinto como um pássaro preso na gaiola neste país, mais é vivendo assim que aprendemos a dar mais valor a família e amigos, valorizar nossa casa e aprendermos também que dinheiro não compra afeto, carinho e a atenção que nossa família nos dá. Então valorizem seus pais enquanto vocês tem eles por perto”, desabafou Taíse.

E para finalizar Taíse deixa uma mensagem:

“ Nunca abandone seus sonhos, lute e corra atrás dele, todos nós temos capacidade de mudar e conseguir o melhor. Nada nesta vida é fácil e viver aqui na America,  também não é, mas está sendo uma experiência única e transformadora em minha vida. Peço a todos que levem a sério essa pandemia, peço que se cuidem e se protejam, façam o certo agora que isso tudo, logo vai passar. À minha família: mãe, irmãs e minha filha, obrigado por tudo, pelo apoio e força que vocês sempre me dão. Estou bem,  feliz e me protegendo neste momento, eu amo muito vocês e se cuidem também por favor”, finalizou Taíse.

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